"Senta-te Lídia à beira rio!"... Ricardo Reis lembrava-nos com a sua poesia que o mundo tem uma ordem divina, sujeito a tranquilidade de quem detém o supremo devir do tempo. O curioso é que o homem actual de epicurista nada tem, acordamos atrasados, vivemos como se estivessemos para agarrar o vento que passará depois, inevitavelmente, e deitamo-nos sem certezas certas... tudo na Natureza contraria esta dinâmica (ou melhor: agora já nem tudo, eis as obras humanas versus a obra divina): tudo tem o seu lugar e a sua hora certa, os seus protagonistas e a sua história. Surge agora a questão: e o Homem não fará parte dessa Natureza. Sim, teorica e cientificamente, faz, mas na prática? - Porra, não! Passamos a nossa curta vida, a mudar o lugar, a confundir o tempo, a neglicenciar os verdadeiros protagonistas, em prol dos supostos líderes, e a inventir estórias! Já Ricardo Reis nos avisava "para ser grande sê inteiro, nada teu exagera ou exclui (...) que a lua no alto brilha". POsto isto, tenho dito!
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"Senta-te Lídia à beira rio!"... Ricardo Reis lembrava-nos com a sua poesia que o mundo tem uma ordem divina, sujeito a tranquilidade de quem detém o supremo devir do tempo. O curioso é que o homem actual de epicurista nada tem, acordamos atrasados, vivemos como se estivessemos para agarrar o vento que passará depois, inevitavelmente, e deitamo-nos sem certezas certas... tudo na Natureza contraria esta dinâmica (ou melhor: agora já nem tudo, eis as obras humanas versus a obra divina): tudo tem o seu lugar e a sua hora certa, os seus protagonistas e a sua história. Surge agora a questão: e o Homem não fará parte dessa Natureza. Sim, teorica e cientificamente, faz, mas na prática? - Porra, não! Passamos a nossa curta vida, a mudar o lugar, a confundir o tempo, a neglicenciar os verdadeiros protagonistas, em prol dos supostos líderes, e a inventir estórias!
Já Ricardo Reis nos avisava "para ser grande sê inteiro, nada teu exagera ou exclui (...) que a lua no alto brilha". POsto isto, tenho dito!
Lídia agradece
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